tilinta nos trilhos a ida,
uma canção qualquer
na caixa rouca
e anunciam a próxima estação.
novo tempo – pra quem?
já me encontrei com minhas vontades
meias, inteiras, nunca fui pela metade.
o sol espreita pela janela embaçada,
uma segunda-feira, terceira ou quarta chance
de viver e vir a ser.
há passantes desgovernados, bocejos irritados,
telas de celulares e fake news.
olhares tortuosos, cansaço nessa pátria mãe
nada gentil do banco azul anil, bolsas
abarrotadas de tudo ou nada e a não ser a
fome de viver mais um dia.
no trilho oposto, aposto da próxima estação – desci.
a vida entrou em meu vagão.
next station, my bro!
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